Laboratório de Matriz Extracelular

ECM lab

O laboratório de matriz extracelular (ECM lab) foca no que acontece fora da célula. A ideia é entender como células, sobretudo as do sistema cardiovascular, “sentem” proteínas da matriz, como colágeno, fibronectina e fibrinogênio. Partimos da premissa de que doenças crônicas, como o diabetes, levam a modificações pós-translacionais (PTMs) em proteínas da matriz, e que isso pode então gerar um dano constante a despeito do tratamento. Isso ocorreria pois algumas dessas proteínas têm meia-vida muito longa (o colágeno, por exemplo possui meia-vida de >10 anos), de forma que uma PTM permaneceria intacta por décadas. Logo, podemos achar novos alvos farmacológicos ao estudar as vias de sinalização decorrentes da interação entre células cardiovasculares (como plaquetas e célula endotelial) e essas proteínas da matriz modificadas.

No momento estamos focados em entender como que a glicação ou a oxidação do colágeno fibrilar pode contribuir para o evento isquêmico do paciente diabético. Nossas pesquisas abordam desde a interação proteína-proteína, passando por aspectos biofísicos e químicos de como as PTMs alteram a estrutura da proteína, chegando a estudos in vitro com células isoladas, estudos em animais e amostras de pacientes. Estou sempre procurando alunos (as), da iniciação científica ao doutorado, para colaborar e caminhar pelas ruas tortuosas, incertas, mas deslumbrantes da ciência. Se você tiver interesse, por favor me mande um e-mail ou venha ao laboratório que terei prazer em conversar.

Linhas de Pesquisa

Colágeno oxidado

Temos estudado como plaquetas e outras células do sistema cardiovascular “sentem” o colágeno a partir de sua oxidação. Estes experimentos podem ser importantes para identificarmos novos alvos no tratamento de doenças cardiovasculares. Realizamos experimentos in vitro com células em cultura e plaquetas obtidas de doadores saudáveis. Estamos particularmente interessados em estudar vias alternativas à via clássica de sinalização do colágeno em plaquetas.

A glicação do colágeno no diabetes

Nesta linha de pesquisa nosso laboratório tem se dedicado a entender como células endoteliais e plaquetas respondem ao colágeno glicado. Isso seria importante, por exemplo, para pacientes diabéticos, que têm um risco aumentado de desenvolverem infarto agudo do miocárdio. Aqui trabalhamos majoritariamente com células endoteliais em cultura, camundongos hiperglicêmicos e artérias obtidas de seres humanos.

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