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O professor Nelson Filice de Barros, docente do Departamento de Saúde Coletiva da FCM, é presidente do Comitê de Pesquisa 15, da Sociedade Internacional de Sociologia da Saúde, que passou a publicar newsletter mensal com atualizações da área/Foto: acervo pessoal
O professor Nelson Filice de Barros, docente do Departamento de Saúde Coletiva da FCM, é presidente do Comitê de Pesquisa 15, da Sociedade Internacional de Sociologia da Saúde, que passou a publicar newsletter mensal com atualizações da área/Foto: acervo pessoal

Docente do Departamento de Saúde Coletiva (DSC) da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, o sociólogo Nelson Filice de Barros é presidente do Comitê de Pesquisa 15 da Sociedade Internacional de Sociologia da Saúde (ISA – da sigla em inglês para International Sociological Association), que, mensalmente, passou a editar newsletter semestral com atualizações e avanços da área, no mundo todo, tendo como pano de fundo o fórum internacional da entidade, que acontecerá no próximo mês de julho, no Marrocos.

A newsletter mais recente do grupo, de maio desse ano, traz uma mensagem especial do docente da FCM sobre a reorganização da ordem mundial entre os países, caracterizado pela (re)imposição de interesses comerciais e crescente descanso com a saúde pública global e coletiva. Leia, abaixo, o texto traduzido do original em inglês:

” O período imediatamente posterior ao fim da Segunda Guerra Mundial ampliou as discussões multilaterais entre os países e, como continuação, estabeleceu uma ordem mundial baseada em organizações intergovernamentais. Durante décadas, as nações, unidas por meio de diversas instituições, conseguiram conter a disseminação de certas formas de intolerância. Além disso, avançaram iniciativas voltadas à redução da pobreza, da fome e de doenças evitáveis. No entanto, ao longo dessas décadas, a retórica diplomática não conseguiu estabelecer uma unidade global capaz de promover saúde e bem-estar para todos, em todo o planeta. Atualmente, estamos testemunhando o abandono do multilateralismo e o declínio de suas instituições, marcados pelo avanço do autoritarismo em diferentes países. Observamos a (re)imposição de interesses comerciais e o descaso com a saúde pública global e coletiva.

Este é um momento de muitas questões urgentes: Quais agências, programas ou estruturas de saúde pública sobreviverão aos cortes orçamentários, agendas políticas e mudanças regulatórias? Quais grupos ou setores corporativos, ideológicos e políticos se beneficiarão desse desmonte? Como o desmantelamento e a deslegitimação de organizações globais afetam a produção e a circulação do conhecimento científico na área da saúde? Quais são as repercussões globais do desmonte de programas internacionais de saúde? Haverá um recuo do cuidado coletivo em favor de profissionais de saúde individuais, movimentos sociais, cientistas e outros grupos que se organizam para resistir ao autoritarismo e ao desmantelamento das instituições? Essas são algumas questões prementes que exigem reflexão crítica e ponderada”.

Interessados em receber a newsletter mensal do Comitê de Pesquisa 15 da ISA podem contatar o professor Nelson, pelo email: nelfel@uol.com.br. O grupo também conta com 281 pessoas no LinkedIn e convida a todos para o compartilhamento de novas publicações, honrarias, prêmios, anúncios de conferências, dentre outras iniciativas

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