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A Academia Mundial de Ciências para o Avanço da Ciência em Países em Desenvolvimento (TWAS) elegeu Iscia Lopes Cendes, docente do Departamento de Genética Médica e Medicina Genômica da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, como membro em 2024, em reconhecimento às suas destacadas contribuições à ciência e ao fortalecimento do conhecimento no Sul Global. O diploma foi entregue durante a 17ª Conferência Geral da TWAS, realizada no Rio de Janeiro, de 29 de setembro a 2 de outubro.

A conferência é realizada a cada dois anos e, nesta edição, contou com o apoio da Academia Brasileira de Ciências (ABC), da qual Iscia também é membro. Entre os destaques do evento estiveram as discussões sobre o fortalecimento da colaboração científica entre países do Sul Global e a importância do investimento em ciência como base para o desenvolvimento sustentável. Iscia participou de encontros com pesquisadores de diversas regiões, debatendo temas relacionados à saúde, inovação e inclusão científica.

A terceira foto apresenta a Professora Iscia Lopes Cendes posando em frente à área de REGISTRATION (Inscrição) da 17ª Conferência Geral da TWAS, Brasil 2025. Ela está sorridente e segura um certificado ou diploma emoldurado, com a legenda da foto indicando que ela foi eleita em 2024 e empossada no congresso de 2025 da TWAS. A professora usa uma blusa amarela e preta estampada, um crachá da conferência e calças pretas. O fundo mostra a marca e os patrocinadores (Finet, BNDES, CAPES, UNESCO) do evento.
Iscia Lopes Cendes foi eleita em 2024 e empossada no congresso de 2025 da TWAS

Segundo a docente, o momento foi marcante por valorizar a ciência produzida no Sul Global. “Foi inspirador ver tantos cientistas comprometidos com o avanço do conhecimento e com o impacto social da pesquisa”, afirmou. Sobre o significado do reconhecimento, Iscia declarou: “É uma grande honra e também uma responsabilidade. A TWAS representa o compromisso com a ciência voltada a melhorar a vida das pessoas, especialmente em países em desenvolvimento. Ser reconhecida por esse trabalho me motiva ainda mais a continuar lutando por uma ciência aberta, inclusiva e com impacto real na sociedade”.

A professora acredita que sua trajetória, unindo pesquisa de excelência, formação de jovens cientistas e promoção da colaboração internacional, foi determinante para a conquista. “Sempre acreditei que fazer ciência no Brasil — e para o Brasil — é possível e essencial, e tenho buscado mostrar isso ao longo da minha carreira”, destacou. Para Iscia, o reconhecimento reforça o papel da Unicamp como centro de excelência científica e serve como inspiração para novas gerações.

A segunda imagem captura uma visão mais ampla do Simpósio sobre Saúde no Sul Global, parte da 17ª Conferência Geral da TWAS no Brasil. O palco está iluminado, com painéis de LED exibindo o título do simpósio, "Health Challenges in the Global South" (Desafios de Saúde no Sul Global), e a menção a "Science, Technology, and Inequalities" (Ciência, Tecnologia e Desigualdades). Um painelista está sentado à direita, enquanto duas pessoas — uma delas provavelmente a Professora Helena Nader — estão nos púlpitos à esquerda. A plateia é vista de costas, sentada em fileiras, assistindo à discussão. A iluminação de palco e as grandes caixas de som laterais indicam que o evento é realizado em um grande centro de conferências.
Nísia Trindade, ex-ministra da Saúde e palestrante do Simpósio sobre Saúde no Sul Global

Com relação à inserção do Brasil e da América Latina no cenário internacional, Iscia ressalta que há grupos de pesquisa de excelência e ciência de altíssimo nível, apesar das dificuldades. “A genética e a genômica na América Latina têm mostrado contribuições significativas, principalmente ligadas à nossa diversidade genética e suas implicações na construção da medicina do futuro. As aplicações da genômica na medicina têm avançado muito no país, contribuindo para a inclusão da medicina e da saúde pública de precisão no SUS. O que precisamos agora é de investimento contínuo e de políticas que garantam que o conhecimento gerado aqui seja valorizado e aplicado em benefício da nossa população”, afirmou.

“Espero que sirva especialmente às jovens mulheres que sonham em seguir a carreira científica. Que elas saibam que é possível, sim, ocupar esses espaços e contribuir para mudar o mundo por meio da ciência. Em um tempo em que o pensamento científico tem sido questionado, precisamos reafirmar, com convicção, que é pela ciência que avançamos como sociedade”, finalizou Iscia.

A primeira foto mostra um momento da 17ª Conferência Geral da TWAS, Brasil 2025, que ocorreu de 29 de setembro a 2 de outubro. No palco, à esquerda, a Professora Helena Nader, presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC) e co-organizadora do evento, está de pé em um púlpito, discursando para o público. Atrás dela, uma grande tela exibe o logo da TWAS, o título do evento e a menção ao "SYMPOSIUM 3: HEALTH CHALLENGES IN THE GLOBAL SOUTH" (Simpósio 3: Desafios de Saúde no Sul Global). Uma plateia, composta majoritariamente por pessoas sentadas em mesas com cadeiras de conferência, observa a apresentação, algumas usando notebooks ou tablets.
Helena Nader, presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC) e co-organizadora do evento, fala ao público

A TWAS

A Academia Mundial de Ciências para o avanço da ciência em países em desenvolvimento (TWAS, na sigla em inglês) foi fundada em 1983 por um grupo de cientistas do mundo em desenvolvimento, sob a liderança de Abdus Salam, físico paquistanês e ganhador do Nobel. A TWAS é associada à Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) e trabalha para apoiar a prosperidade sustentável por meio de pesquisa, educação, política e diplomacia. A organização tem membros de mais de 100 países.

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