
Falar sobre gestação na adolescência sem repetir os estereótipos de “gravidez de risco”, de “problema de saúde pública” exige delicadeza e contexto. Por isso, vamos começar este texto apresentando três histórias reais, ou que poderiam ser, que dão corpo à trajetória dessas meninas que nos encontram semanalmente.
Laura tem dezesseis anos, estuda no segundo ano do ensino médio de uma escola pública, gosta de matemática e sonha cursar arquitetura. Em casa, encontra apoio nos pais. Há um ano e meio ela namora Felipe, colega de turma de dezessete anos; os dois costumam se encontrar com frequência e trocar mensagens no celular. Os pais sabiam que Laura tinha relações sexuais e a incentivaram a usar método contraceptivo após consulta com a equipe do posto de saúde. Para prevenir uma gravidez, Laura tomava pílula diariamente, mas numa semana de provas esqueceu duas doses. O atraso menstrual veio acompanhado de um frio na barriga. A notícia foi de susto inicial, mas não um rompimento, a mãe ficou muito brava, mas após alguns dias a família e amigos se mobilizaram para garantir que Laura continuasse estudando e recebesse acompanhamento pré-natal adequado, encarando a gestação como um tropeço possível no percurso, não como o fim de seus planos.
Rafaela, por outro lado, tem pouco mais de quinze anos e a escola ficou para trás já há dois semestres. Mora com a mãe e três irmãos. Às vezes, passa temporadas na casa da avó quando a renda aperta ou a mãe fica muito ríspida. Seu namorado, Anderson, tem vinte anos e trabalha em um lava-rápido. Rafaela sabe que existem camisinha e anticoncepcionais, mas falta a ela a sensação de necessidade, afinal, tantas mulheres da família engravidaram cedo, sua mãe, tia, avó. Quando começaram os enjoos matinais, a confirmação da gestação não surpreendeu ninguém, afinal ela já tinha passado por isso no ano passado quando teve um aborto às 6 semanas de gestação; mas a notícia trouxe novas preocupações para a mãe e a avó, especialmente quanto à manutenção financeira da família. No rosto de Rafaela misturam-se esperança, medo e algo de displicência.
Yasmin tem quinze anos e deixou a escola logo antes de completar catorze; achava a escola chata, tinha poucas amigas, não queria mais estudar. Trocou os cadernos pela arrumação da casa e cuidados dos irmãos de nove e sete anos; é a segunda filha de quatro irmãos e a mãe trabalha em turnos longos como cuidadora. A irmã mais velha, de 18, mora na casa do namorado e tem um filho de 9 meses. Desde que parou de estudar vive quase como esposa, com Leandro, de dezenove anos, que mora na casa da família faz um ano e contribui com o trabalho informal que faz na construção civil. Para Yasmin, ser mãe não é acidente, é projeto de vida. Ela vê na gravidez o rito de passagem definitivo para a vida adulta e a chance de conquistar o respeito que imagina reservado às mulheres feitas. Quando o teste de gravidez veio positivo ela sorriu satisfeita; já vinha anotando nomes de bebê num caderno, vinha tentando fazia três meses e já pensava que não conseguiria engravidar. Ela acha que assumir o papel de mãe devolverá sentido aos dias que parecem sem graça, repetitivos, sem sonhos e desejos.
Laura, Rafaela e Yasmin são uma amostra de como a gravidez na adolescência é múltipla, atravessada por diferentes trajetórias sociais, refletindo acasos, vulnerabilidades e escolhas moldadas por contextos sociais, familiares e econômicos. São exemplos fictícios baseados em histórias reais que nos são contadas semanalmente no ambulatório de gravidez na adolescência (PNA) do Hospital da Mulher Prof. Dr. José Aristodemo Pinotti (Caism) da Unicamp.
Esse ambulatório vem há mais de 40 anos oferecendo um olhar ampliado para essa condição. Constituído de forma pioneira no país pelo professor João Luiz Pinto e Silva com a finalidade de oferecer um espaço físico de atendimento próprio, seguro e protegido e não estigmatizante, em que as adolescentes pudessem se sentir menos expostas ao escrutínio social e ao julgamento, o ambulatório se construiu como uma das principais referências brasileiras para o cuidado de gestantes adolescentes.
No Brasil, estima-se que ocorram cerca de 380 mil partos de gestantes com até 19 anos de idade, o que significa 44 nascimentos de bebês de mães adolescentes por hora no país. Do ponto de vista clínico, engravidar na adolescência (antes dos 20 anos de idade, segundo a Organização Mundial de Saúde), pode aumentar o risco de complicações maternas e perinatais. A literatura aponta que as adolescentes têm mais partos prematuros, bebês com baixo peso ao nascimento e condições de risco materno como doenças hipertensivas na gestação e até risco maior de morte materna quando comparadas às mulheres adultas.
De fato, as adolescentes têm as demandas fisiológicas da adolescência amplificadas pela gestação. Estudos realizados no ambulatório do PNA pelo grupo de pesquisa da professora Fernanda G. Surita analisaram aspectos nutricionais e perinatais em gestantes adolescentes, com ênfase na avaliação antropométrica, consumo alimentar e implicações clínicas. Esses estudos demonstraram que a anemia não tratada nessa população está associada a desfechos perinatais adversos, como parto prematuro e natimortalidade. Alertaram que o consumo de ferro, cálcio, folato e fibras permanece abaixo das recomendações, sendo prejudicado pela ingestão de ultraprocessados e que, além disso, há elevada prevalência de ganho de peso gestacional inadequado entre adolescentes, com impacto negativo na saúde materna e neonatal. Mas, se em parte isso reflete questões biológicas, de exigências e de falta de maturidade fisiológica, essas condições refletem muito mais frequentemente os determinantes sociais, emocionais e de acesso presentes no cotidiano dessas adolescentes.
O que entendemos, hoje, é que existe uma intrincada rede de interações sociais, emocionais e físicas que levam risco à adolescente durante o período gravídico-gestacional. A adolescência é um período de profundas mudanças físicas, emocionais e sociais; quando uma gestação se instala nesse contexto, ampliam-se repercussões psicossociais, biológicas e econômicas que exigem cuidados mais complexos. E entre os fatores que favorecem a gravidez precoce, a falta de um planejamento de vida, o uso inadequado ou a falta de acesso a métodos contraceptivos, a repetição de padrões familiares e a violência sexual se destacam.
Existe uma maior frequência de transtornos emocionais como ansiedade, depressão e ideação suicida nessa população. Isso vem acompanhado de abandono escolar, levando a uma amplificação das vulnerabilidades, manutenção de uma condição de pobreza e dependência econômica, emocional e social. Muitas vezes, o que falta a essas meninas é um plano de vida. Não há exemplos, os caminhos são difíceis, as dificuldades de sobrevivência superam as possibilidades de crescimento. Isso as mantêm em uma posição de gênero desigual, presas a uma concepção estereotipada do papel de gênero ligado à sua função biológica.
A pirâmide de Maslow nos oferece um referencial teórico interessante para olhar para as condições de Laura, Rafaela e Yasmin. Essa proposta é um modelo que organiza as motivações humanas em cinco grandes grupos de necessidades. A ideia central é que necessidades mais básicas como alimentação, sono e abrigo precisam ser atendidas antes que as camadas superiores passem a influenciar nosso comportamento.
Laura, apoiada por pais presentes e por uma rotina que inclui alimentação, transporte entre escola e casa e acesso a serviços de saúde, tem a base das necessidades relativamente estabilizada. Isso permite a ela investir energia nas camadas superiores: ela tem planos que vão para além de sobreviver. Por isso, quando a gravidez atravessa, a rede que a envolve poderá amortecer o impacto e preservar projetos de longo prazo, como cursar arquitetura. A continuidade escolar e o pré-natal de qualidade não são garantias espontâneas, mas podem ser metas factíveis.
Rafaela e Yasmim, ao contrário, encontram-se num limiar instável entre o primeiro e o segundo degraus da pirâmide. Uma gravidez na adolescência sob essas circunstâncias tende a aprisioná-las no esforço para a garantia das necessidades fisiológicas e de segurança, ampliando a condição de vulnerabilidade. Há insegurança alimentar, a moradia é alternada entre casa da mãe e da avó ou é de responsabilidade da adolescente. A ausência de segurança emocional e econômica minam o senso de pertencimento; o espaço de socialização que deveria ser a escola não é reconhecido como tal; o relacionamento afetivo se dá em contexto de desigualdade de gênero e hierarquia de poder. Elas, antes de tudo, precisarão satisfazer condições elementares como alimentação, transporte, moradia e proteção contra violência. Yasmin, ainda, deposita na maternidade a esperança de satisfazer necessidades de pertencimento, autoestima e status dentro do microcosmo social que conhece; planeja ser mãe como passaporte simbólico para a etapa adulta, das poucas aspirações que reconhece serem possíveis (cerca de 25% das adolescentes do PNA planejaram a gestação). Nessas circunstâncias, a busca por reconhecimento antecede a consolidação das bases de segurança e saúde, ampliando a vulnerabilidade.
Para gestantes adolescentes, desenvolver um projeto de vida é fundamental: refletir sobre metas pessoais, familiares, escolares e profissionais ajuda a manter perspectivas ampliadas além da maternidade. Programas de intervenção precoce que estimulem esse planejamento durante a gestação e no pós-parto favorecem o retorno aos estudos e a inserção futura no mercado de trabalho, fortalecendo sua autonomia e oportunidades.
A escola seria o lugar potente para essa discussão, mas escola é frágil para apoiar nisso, não consegue responder aos anseios e necessidades dessas adolescentes mesmo antes da gravidez. Quando a gestação acontece, fica evidente, no corpo real dessas meninas, o tamanho da falha dessas instituições. As escolas não são preparadas para acolherem as gestantes, e não se aproveita essa oportunidade para o acolhimento de questões relacionadas à sexualidade. E depois da segunda metade da gestação fica difícil esconder uma barriga que aponta para a falta de uma educação sexual adequada, então, as escolas querem se ver livre desse fardo.
É comum as adolescentes dizerem que as diretoras pedem que elas levem um atestado médico para que possam fazer as atividades em domicílio. As adolescentes se sentem excluídas do grupo e não há mecanismos de proteção. Frequentemente, o desejo de deixarem de ir à escola vem nas falas das adolescentes mascarada por dificuldades estruturais: “é que tem muita escada”, “eu preciso sair para o banheiro e fico com vergonha”, “a diretora falou que é perigoso porque fica longe do hospital”, “tenho de subir uma ladeira”. Isso não é culpa dos professores ou da escola, mas consequência de sua formação limitada e de falta de investimento nesses espaços como espaços formadores de cidadania.
O cenário não é melhor quando se pensa o acesso a outras dimensões da cidadania como esporte, cultura, emprego e saúde. E a saúde é só mais um setor que, sozinho, não consegue oferecer respostas e replica a exclusão que elas já experimentam em casa, na escola e na comunidade. As Unidades Básicas de Saúde (UBS) têm horários e estrutura que não atendem às necessidades das adolescentes. Quase metade das gestantes adolescentes no Brasil ainda chega tardiamente ou cumpre menos consultas do que o mínimo preconizado. Em algumas regiões, apenas um terço recebe acompanhamento considerado adequado.
Os direitos dessas adolescentes são negligenciados por falta de conhecimento ou por imperícia de profissionais que têm formação insuficiente em saúde sexual de jovens, e acabam reforçando filtros morais: raríssimas vezes adolescentes grávidas com menos de 14 anos recebem orientação sobre a possibilidade de se realizar aborto legal (que é direito delas, uma vez que a gestação pode ser considerada como decorrente de violência sexual pelas leis brasileiras). Nesse cenário, as consultas deixam de ser oportunidades de garantia de direitos para reforçarem injustiças.
No entanto é a saúde que deve ser capaz de articular, com a assistência social, a justiça e a educação uma possibilidade de mudança. Deve ser um espaço seguro para identificar e notificar situações de violência. Nesse setor, o diálogo deve ser aberto sobre sexualidade, paternidade responsável e planos de futuro. A saúde, articulada com outros setores, deve ser agente de retomada social. A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde de Adolescentes e Jovens já prevê esse olhar ampliado, mas a implementação deve ser reforçada com formação permanente das equipes e metas claras de desempenho.
A assistência pré-natal necessita dar ouvido a essas condições. Quando incorpora abordagens educativas inovadoras, o pré-natal pode ampliar o entendimento das adolescentes sobre todas as etapas do processo da gestação (consultas, trabalho de parto, parto e puerpério), bem como dos aspectos fisiológicos, psicológicos e sociais envolvidos. Informadas e sensibilizadas, essas jovens passam a enxergar a gravidez sob uma nova perspectiva, fortalecendo o autocuidado e adotando práticas de saúde mais adequadas
Um dos principais pontos desse cuidado é a abordagem multidisciplinar. No Caism, as equipes médica e de enfermagem, que habitualmente respondem pelo cuidado pré-natal, trabalham intensamente com as equipes de Serviço Social e Psicologia. Isso tem se mostrado eficaz no acolhimento e vínculo com essas adolescentes. Um estudo recente, em fase de publicação, com a avaliação de 30 anos do ambulatório, mostra que as adolescentes acompanhadas no Caism, diferentemente do que é descrito na literatura, apresentam melhores desfechos maternos e perinatais e redução do número de cesáreas em relação às mulheres adultas.
Encontros grupais para gestantes adolescentes ganham força quando abordam, temas vitais como importância do pré-natal, sinais de alerta e condutas imediatas, parto normal e aleitamento, planejamento reprodutivo, saúde mental e prevenção da violência doméstica de forma prática e dialogada. A escuta ativa e a inclusão da família reforçam o apoio emocional, enquanto o compartilhamento de experiências entre as jovens cria uma rede de empatia que estimula participação, autocuidado e decisões mais informadas para mãe e bebê.
A literatura mostra que intervenções coletivas bem estruturadas elevam a frequência de consultas, melhoram indicadores de saúde materno-infantil e ajudam adolescentes a desenvolver projetos de vida. Grupos educativos, realizados paralelamente às consultas individuais, favorecem a troca de experiências, esclarecem dúvidas sobre pré-natal, parto e pós-parto e estimulam o autocuidado, reduzindo medos e mitos que poderiam interferir na adesão ao acompanhamento. Essa dinâmica também otimiza o tempo de espera, fortalece o vínculo entre profissionais e pacientes e cria uma rede de apoio entre as próprias gestantes, ampliando o sentimento de pertencimento.
Assim, investir em espaços educativos interativos e interdisciplinares não é um detalhe de um serviço específico, mas uma estratégia essencial para qualificar o cuidado de gestantes jovens em qualquer contexto epara além do período da gestação. O Pré-natal deve ser um espaço para cuidado integral e qualificado, com objetivo de garantir uma gestação saudável para o binômio e a promoção de qualidade de vida para além da gestação. Nesse sentido, o acompanhamento psicológico durante o pré-natal também é indispensável.
Ele oferece ferramentas para elaborar a experiência da maternidade, refletir sobre o ambiente em que vive e projetar expectativas mais saudáveis para o futuro. A presença de psicólogas na equipe multiprofissional favorece a construção de projetos terapêuticos singulares, qualifica a assistência e contribui para a formação dos demais profissionais ao integrar, de forma sistemática, os aspectos emocionais ao pré-natal. A avaliação psicológica mapeia fragilidades psíquicas e sociais, enquanto o acompanhamento contínuo auxilia a adolescente a elaborar a experiência da maternidade, fortalecer o vínculo com o bebê e planejar o próprio futuro.
E na oferta de um cuidado ampliado, o Serviço Social tem papel fundamental na mediação de discussões regulares com a rede local de atendimento, de forma a construir um plano de cuidados que abranja todo o período pré-natal e pós-parto, contemplando os determinantes sociais de saúde. A adolescente deve ser recebida individualmente, em um encontro marcado pelo acolhimento e pela escuta qualificada, a fim de identificar arranjos familiares, vínculos comunitários, percepções e projetos de vida, elementos decisivos para sua adesão ao serviço. Então, com a presença de responsável legal, devem ser discutidas dúvidas sobre direitos garantidos pela seguridade social brasileira e estratégias para efetivá-los no território de origem da gestante.
O território é o espaço em que ganham corpo as contradições fundantes e inerentes a nossa sociedade; é lá, em áreas periféricas dos grandes centros urbanos e regiões rurais, que se escancaram as limitações do “Estado de Bem Estar Social” e onde se desvela o mito da democracia racial, pilares da desigualdade social que atravessam as realidades das adolescentes gestantes. Esse panorama exige uma escuta qualificada e sensível às vulnerabilidades sociais que se somam às questões biológicas da gestação. A complexidade dessa questão social exige uma visão que ultrapasse a fronteira, muitas vezes imperceptível, entre as condições clínicas da gestante adolescente e os fatores sociais que as influenciam. Para enfrentá-la, é necessário que se vá além do atendimento individual, promovendo discussões conjuntas, intersetoriais que integram diferentes perspectivas em uma abordagem verdadeiramente transdisciplinar.
Por fim, o sistema de saúde deve enxergar além da gravidez atual. Programas como o Guia de Prevenção da Gravidez na Adolescência, lançado recentemente, recomendam que as unidades devem agendar a primeira consulta pós-parto ainda na maternidade, já oferecendo método de longa duração quando desejado e acompanhamento psicossocial nos doze meses seguintes. Esse cuidado longitudinal deve ser financiado e monitorado para romper o padrão de gestações repetidas que afeta até 32% das adolescentes no primeiro ano pós-parto.
O empoderamento de meninas (e meninos – não se pode continuar incorrendo nesse viés de gênero no planejamento reprodutivo que só foca nas mulheres) deve ser entendido como um processo contínuo que lhes garanta acesso à educação sexual integral, com linguagem adequada à idade, espaços seguros para diálogo e participação ativa na construção de projetos de vida que transcendam estereótipos de gênero. Ao mesmo tempo, o enfrentamento desse problema deve ocorrer com políticas intersetoriais que articulem saúde, educação, assistência social, justiça e comunidade, de modo que cada adolescente deva receber proteção e suporte, e cada comunidade deva ser mobilizada a desconstruir normas que naturalizam o controle sobre o corpo e o futuro das meninas.
Enquanto as escolas falham em acolher esse corpo que já não cabe no uniforme, a Saúde não pode contentar-se em medir pressão e auscultar batimentos fetais. Deve ser a ponte que garante os degraus inferiores da pirâmide de hierarquia de necessidades e, ao mesmo tempo, permite às adolescentes um olhar para os degraus superiores, onde pertencimento, autoestima e autorrealização passam a ser direitos possíveis, e não impossibilidades. Para isso, é fundamental que se trabalhe interdisciplinarmente no cuidado à adolescente gestante. Quando essa ponte se constrói de fato, Laura, Rafaela e Yasmin podem tornar-se protagonistas de outras trajetórias, mais dignas, saudáveis e plurais.
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